21 de jul. de 2008

Culpa

Você em meus comodos ainda dança
descaso, ódio, compaixão e fragrância.
Lembrei-me do sabor que o beijo alcança
volúpia, desejo, satisfação e ausência.

Em nossa maldição nos envolvemos
lançamo-nos mais uma vezes ao acaso.
Um dia assim, nos mataremos
lembrando da vida, sempre em atraso.

A faca em minha mão, ou em minha língua.
Suas faces ao chão, coração à mingua.

Carrego a culpa de não me entregar
De gostar quando vejo sangue escorrer
de olhos imaculados, que gostam de chorar
de um amor antiquado, que insiste em não morrer.

Ritielle Souza

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