29 de ago. de 2008

Série "Os Micos que Paguei" - Run Forest!!!


O mico de hoje vem em dose tripla. Teremos convidada especial (pra não pensarem que só nós duas somos lesadas), nossa amiga Mirelle, que vem para dividir a tosqueira.
Essa é do tempo em que nossas férias de verão eram igual promoção das Casas Bahia: "vá para a praia no Natal e volte só depois do carnaval!"
A gente sempre ia para a praia e ficava na casa da Mi (o pai dela se via doido conosco). Tinha um bar desses na beira do mar, estilo casinha de sapê, que abria de segunda a segunda. Era de graça, a galera ficava na areia, coisa bem a vontade. É claro que o trio estava lá To-DAS as noites. Mas teve um dia que começou a chover de tarde, e a chuva (temporal quase) nunca ia embora. Foi se aproximando o horário de sair de casa e nada de trégua. O pai da Mi falou que naquele dia não ia ter noitada!
Desespero! A gente até argumentou que não era de açucar, mas não resolveu.
Aí foi aquela coisa né: três adolescentes insanas trancadas num quarto, fazendo planos tipo "Pink e Cérebro". Resolvemos que iámos esperar todo mundo dormir e fugir. Não sei de quem foi a brilhante idéia, nem de onde surgiu... Só sei que resolvemos ir de maiô e canga (hein?). E que iríamos pela beira da praia (banho de lua talvez?).
A chuva deu uma trégua, o povo foi dormir e lá fomos nós, alegres e saltitantes.
Quando começamos a nos aproximar (depois de camelar por quase 2 Km) achamos tudo muito estranho. Estava muito silêncio e escuro. Não é que todo mundo tinha resolvido ficar em casa, como assim? Fomos chegando mais perto e não tinha nada, nem ninguém. Opa! Péra lá! Tinha sim! Tinha 3 cachorros gigantescos, 1 pra cada! Aí começou a gritaria. Eram 3 lesadas de madrugada, correndo e gritando, de maiô e canga, achando que iam ter seus corpinhos dilacerado pelas feras. Ainda bem que eles estavam presos em uma barra e que só puderam nos seguir até um pedaço. Porque acho que hoje a gente podia não ter algum pedaço do corpo.
Mas não acaba por aí...
Na volta para casa começa a chover novamente. As três andando na beira da estrada, encharcadas, com o pé escorregando no chinelo e morrendo de frio.
Claro que nessa hora começa a ladainha do: "nunca mais faço isso", "Deus castiga" e outras frases de lamento.
Ao chegar em casa, molhadas até dizer chega, não podíamos fazer barulho algum. Trocamos de roupa no banheiro, escondemos tudo num cantinho e fomos deitar. As três na mesma cama, tremendo de frio e pegando tudo quanto era coberta para se aquecer.
No dia seguinte era dor de garganta, espirro e tosse. Somnos muito sensíveis a mudanças climáticas...

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